Prosa Online

O Prosa Online é, como o nome diz, um ambiente virtual para prosear vários assuntos que interagem socialmente pelas redes, com finalidade de compartilhar conhecimentos, ideias, experiências, arte, música, cinema, gramática, literatura, viagens, livros, lugares, pessoas, culturas... perspectivas que sempre agradaram sua idealizadora: Cíntia Luz, ferrenha consumidora de tudo o que está aqui ou quase tudo.


terça-feira, 28 de outubro de 2008

Açucar é doce, o sal é salgado!

Hoje discuti comigo mesma sobre os conflitos morais e culturais dentro da perspectiva da minha imaginação. Escutando uma música da Paula Toller "Oito anos" (feita em homenagem ao seu filho Gabriel), senti-me o próprio Gabriel: Onde é a Casa da Mãe Joana? Quem é Zé Ninguém? Quando é o dia de São Nunca? Quem roubou pão na casa do João? Alguém já achou as botas de Judas? Onde come um também comem mil?...
O que me inibi? Preciso desinibir!
Não sei da onde vieram tantas perguntas (in) úteis. Na verdade, sei sim. Desde criança eu fazia os meus próprios presságios, acho que já sabia que seria confusa em meio a tantas perguntas no "Fantástico Mundo das Cíntia's".
Ainda hoje tenho as mesmas manias de infância e outras novas, claro. Dormi passando a unha na boca, comer creme dental Tandy, assistir os episódios do Chaves em Acapulco (o melhor episódio da turma do chaves), ter medo da Gina (aquela mulher sorridente da embalagem de palito de dente), pinta a cara de azul para ser um smurf (não perdia um capítulo).
Manis novas, assistir "Todo Mundo Odeia o Cris" e rir, ser consumista, fã e dependente química do milk shake de Ovomaltine (Bob's), comprar um livro por mês, apreciadora da batata frita PRINGLES, ou de um simples suco de melancia com limão do Marieta. Querer comprar toda nova coleção da Melissa. Ou talvez deliciar a melhor batata frita de Brasília, ou o famoso cebolão no Outback. Beber Coca-Cola da garrafa de vidro (não tem igual) ouvindo mil vezes a mesma música (de Paulinho Mosca à Amy Winehouse), molhar a bolacha no leite. Ou simplesmente ficar olhando uma das fotografias de Sebastião Salgado (o cara) do lado esquerdo do meu aconchego noturno, até cair no sono escutando como trilha sonora a rádio Mega FM (no túnel do tempo).
Na verdade eu sei sempre quis ter uma casa na árvore. Nunca tive uma, talvez esse seja o motivo de tantas indagações. Estou perdendo meu lado efusivo de sorrir demais, abraças demais, conversar demais, detalhar demais, perguntar demais. Acho que tudo isso soava falsidade.
Confesso que hoje estou meio "grog". Sabe quando te dá vontade de fazer sei lá o quê? Então vamos sair? Pra onde? Não sei!
Só queria está na praia agora.